Escola Municipal
Hermenegildo B. de Oliveira – Assú-RN
Série: 9º ano do vespertino
Professor: Itamiram Alves
(Iram)
Data: 10/07/2020
Carga horária: 03 horas aulas
O processo de expansão das tecnologias de transporte,
comunicação e outros é, entre outros aspectos, profundamente espacial. Sendo
assim, o meio urbano é uma das diretrizes mais afetadas no cerne desse
contexto. Há, portanto, uma profunda relação entre cidades e globalização, haja
vista que o papel do espaço dessas cidades modificou-se profundamente ao longo
das últimas décadas, sobretudo os grandes aglomerados urbanos.
Com o advento do sistema capitalista e, mais tarde, dos sucessivos
processos de industrialização, as grandes cidades do mundo estavam atreladas ao
desenvolvimento de suas indústrias, com suas respectivas capacidades de geração
de emprego. Foi assim, por exemplo, com locais como Londres, Paris, Nova York e
outras áreas, que conheceram a industrialização em seu período clássico, ou até
com cidades como São Paulo, Cidade do México e outras, que passaram por uma
industrialização mais tardia.
No entanto, houve inúmeros
efeitos da Globalização sobre as cidades,
pois, à medida que ela se consolidava e se expandia no planeta, mais o papel
das empresas e suas localizações se alteravam no contexto do espaço geográfico.
A primeira grande expressão nesse sentido foi a formação das grandes metrópoles e suas regiões
metropolitanas com grandes aglomerados populacionais em cidades conurbadas, isto é, agrupadas em um
espaço contínuo.
Além das metrópoles,
surgiram também com a expansão do processo de globalização pelo mundo as
chamadas cidades globais, que podem ser definidas
como os verdadeiros “nós” ou “pontos” da rede econômica e política global. É a
partir da integração entre as diferentes cidades globais do mundo (e destas com
as cidades menores) que a Globalização se estrutura nas diferentes áreas do
planeta, muito embora esse processo não atue de forma igualitária em todas as
partes.
Graças aos avanços promovidos pela globalização no que se refere
aos meios de transporte e globalização, as grandes indústrias e empresas
deslocam os seus processos produtivos para as cidades médias e, até mesmo, para
zonas rurais. Mas, ao contrário do que se espera, as metrópoles e cidades
globais não se desestruturam, e sim modificam o seu papel. De centros
industriais, essas cidades estão, em maior ou menor grau, transformando-se em
centros decisórios, burocráticos e de poder, uma vez que abrigam as principais
sedes de corporações, empresas e instituições públicas e privadas, além das
bolsas de valores e estruturas que se encontram no centro da economia global
atual.
Existem autores que
colocam esse processo de transição a partir da gradativa formação das
chamadas metápoles, ou meta-metrópoles. Nesse sentido, é
dito que os aspectos espaciais das metrópoles são substituídos por formações
urbanas heterogêneas, descontínuas, compostas por grandes cidades e sem uma
limitação ou separação precisa entre o campo e a cidade, o que caracterizaria,
portanto, as metápoles, chamadas também de “cidades do futuro”.
Mas como já mencionamos, o processo de globalização não se
dissemina de maneira homogênea e igualitária pelo mundo, estruturando-se, na
verdade, a partir de hierarquias. Essas, quase sempre, obedecem às lógicas
econômicas internacionais, pois mesmo as cidades globais dos países
subdesenvolvidos ou emergentes (tais como São Paulo, Xangai, Buenos Aires e
outras) encontram-se submetidas hierarquicamente a outras cidades globais (tais
como Nova York, Londres, Tóquio e outras). Além disso, no espaço intraurbano,
essas desigualdades também se apresentam, haja vista que mesmo as cidades
economicamente mais desenvolvidas e estruturadas não conseguem eliminar os
guetos, as favelas e a periferização da população mais pobre.
Portanto, as cidades na
era global são verdadeiras estruturas que aglomeram pessoas, capitais e também
inúmeros desafios. A cidade na globalização é tida como a principal estrutura
de reprodução do capital, refletindo, assim, as mudanças que ocorrem no
contexto desse sistema, a exemplo dos processos de metropolização e desmetropolização. Assim sendo,
cada vez mais o mundo se urbaniza e, paradoxalmente, cada vez mais a atuação de
empresas, indústrias e serviços descentraliza-se.
Publicado por: Rodolfo F. Alves Pena
Nome completo:_______________________________________________
Data
de entrega: 17/07/2020
Escreva no seu caderno e responda
1) Considerando o aspecto da globalização, que aspecto da urbanização apresentado no capítulo pode ser relacionado ao papel do capital financeiro? Dica: Leia o texto cidades globais das páginas: 16 e 17
2)
Leia a charge a seguir
a)
Que problema social é criticado na charge?
b)
Com base na charge, é possível perceber uma característica importante da
sociedade urbano-industrial, que exige constante retirada de recursos naturais.
Que característica é essa?
3)
Interprete as informações do gráfico a seguir.
·
Compare as informações presentes nesse gráfico com as que aparecem no
gráfico da figura 7, na página 19.
Considerando o uso de combustíveis fósseis e a presença de fontes renováveis ,
a que conclusão é possível chegar?